quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Sobre Aprender com a Morte

Nos últimos dias, 3 jovens morreram em situações inesperadas. Não os conhecia: eram amigos de amigos meus. Não sou do tipo de pessoa que se desespera com a morte. Muitas fazem parte do ciclo natural da vida, outras são um alívio para um corpo que já viveu muito ou adoeceu. Dói. Mas nunca como ver pessoas que você gosta e admira sofrendo com a perda abrupta de pessoas queridas. Então fico pensando em como gostaria de ter conhecido essas pessoas. E quantas pessoas deixo de conhecer por falta de tempo, de oportunidade e até interesse... E tudo que poderia ter aprendido, vivido, rido ou chorado. Sim! Eu acredito naquelas amizades onde também se chora junto! Fico pensando quais as palavras de despedidas foram ditas a esses jovens. Aquelas que não ouviram enquanto estavam vivas? Talvez alguém deixou de dizer "eu te amo", "saudade de você", "você é muito importante pra mim" e tantas outras coisas, sabe-se lá por quais motivos. Não gosto de arrependimentos públicos por causa de falta de demonstrações particulares. São lindas, emocionantes, mas qual o objetivo? Você não fez! Você não falou! Melhor continuar no seu silêncio e aprender a fazer diferente de agora em diante. Faça agora! Fale agora! Elogie agora! Depois, será só para alívio de sua consciência, que, convenhamos, nem ficou tão pesada assim. Basta umas palavras bonitas de despedida a quem nunca irá ouvir.